The anger builds

A raiva consome-me!

Já nem suporto ouvi-los dizer para seguir em frente e tentar esquecer. Esquecer tudo o que eu e ele vivemos, deitar parte de uma vida a falésia do esquecimento! Mas eles não fazem ideia do que falam!  Como se fosse possível simplesmente ignorar e esquecer que o Homem da minha vida existe! Fingir que tudo o que vivemos não passou de um sonho!

Apenas quem sente o puro e genuíno amor, sabe o que é este sentimento que me percorre cada veia do meu corpo! E apenas quem passa pelo que nós estamos a passar, sabe os estragos que isso causa no coração e até na sanidade mental!

Lembro-me de há anos atrás alguém me dizer que só valorizamos realmente as coisas quando as perdermos. Mas nunca achei que esse ditado se aplicasse muito a mim, mas agora sim vejo que realmente é verdade, que é um grande defeito dos humanos! Eu gostava dele quando o tinha comigo, e muito até, mas agora que não o tenho do meu lado, eu amo-o de uma maneira que desconhecia existir!

" Quando se ama alguém, tem-se sempre tempo para essa pessoa. E se ela não vem ter connosco, nós esperamos. O verbo esperar torna-se tão imperativo como o verbo respirar. A vida transforma-se numa estação de comboios e o vento anuncia-nos a chegada antes do alcance do olhar. O amor na espera ensina-nos a ver o futuro, a desejá-lo, a organizar tudo para que ele seja possível. É mais fácil esperar do que desistir. É mais fácil desejar do que esquecer. É mais fácil sonhar do que perder."

E hoje é tão estranho, mas ao mesmo tempo tão reconfortante e já familiar, como o amor dele, se tornou tão imperativo como o verbo respirar!