terça-feira, 12 de junho de 2012

Ele foi embora, mas eu nunca disse adeus


Passado tanto tempo sem ter uma notícia tua que fosse, eu ainda me encontro nesta encruzilhada sem resposta. Neste labirinto sem saída. Neste enigma por decifrar. Dou asas a imaginação e visualizo-te ai, a viver sem mim, sem carregares qualquer cicatriz de nós que seja. E por cá eu vagueio nestes becos e ruelas e viajo até ao passado. Aquele que foi nosso. Onde eu ainda respirava a essência do teu perfume, onde ainda sentia a suavidade do teu toque, o calor do teu corpo, a tua respiração no meu pescoço, a paixão do teu beijo, a segurança do teu abraço, a imensidão e a liberdade dos nossos sonhos conjuntos e o amor em nós!
No momento em que te vi, eu não podia saber que eras tu que me ias fazer mulher, que me ias ensinar a amar, a lutar, a ver o que vai para além do que os olhos podem enxergar, a levar a vida com calma e viver cada momento como se não houvesse amanhã e esse é o paradoxo. E talvez tenha aprendido a ultima lição tão bem, devido ao facto de que com a tua vida era impossível saber se o amanha para nós existiria mesmo, por isso viver cada segundo era a minha única opção!
O mundo sem ti, para mim, perdeu a cor, a dor consome-me, destrói-me a alma, apazigua-me muitos dos momentos de felicidade e joga a falésia do esquecimento os meus sonhos, a minha fé e a minha força. Vezes e vezes sem conta eu corro literalmente atrás de ti e tantas quanto o fiz, nenhuma resposta eu obti. Agradeço-te pelo amor e a felicidade que me proporcionaste, mas também te culpo pela tua fraqueza em lutar por nós, pelas promessas quebradas, pela falta de decência de nem ao menos me dizeres que acabou ou seja lá o que for. Foste o meu melhor e o meu pior!
Tivemos um amor épico, como aqueles com que qualquer mulher sonha acordada, mas foi-nos dado um final trágico, ou escolhido por ti, nem sei. Mas sinto que as cortinas foram fechadas antes de tempo, que alguém se enganou e a cena ficou congelada a meio. Mas mesmo depois de tudo isso, eu só quero poder repetir tudo vezes sem conta até que um dia a peça possa ser apresentada até ao fim! E audiência que tanto nos inveja e tanto azar nos deseja, seja obrigada a curvar-se perante a nossa arte!

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